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Meus queridos, a postagem abaixo foi a última neste endereço. A partir de agora, meu blog (textos novos e antigos) estará no site do jornal O Diário. Acesse: odiario.com/blogs/luoliveira. Espero contar com vocês todos que já "passaram" por aqui! Beijo grande!!! LU - 08/09/10

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Justiça é cega... surda e muda!!!!!!!!!!!!!

Como a Justiça pode não ver, não ouvir este clamor? Como pode se calar diante de tanto sofrimento?
Um deusa de olhos vendados como um símbolo da Justiça faz jus ao que acontece no Brasil. A Justiça às vezes realmente é cega. Eu, uma pobre míope, que não reconhece os próprios filhos de longe, enxergo melhor que "ela". Além de não ver bem (ou não querer ver, às vezes), a Poder Judiciário também pode se fazer de surdo, principalmente quando os gritos vêm de pessoas menos favorecidas e pode ser mudo, quando se cala diante de atrocidades cometidas por homens (e mulheres!) de colarinho branco e ficha suja.

Estou escrevendo isso movida por algo que acabei de ouvir no noticiário. Vejam só: não são nem 8 da manhã e já fui presenteada com essas barbaridades. Não sei se transcreverei a frase literalmente, mas foi algo assim: "A Polícia Federal concluiu o relatório que aponta o ex-governador José Roberto Arruda como chefe de uma organização criminosa e agora o Ministério Público vai decidir se denuncia ou não.

Como assim "decidir"? Tudo bem: sou uma ignorante do Direito. Talvez essa seja uma postura absolutamente comum, mas que é difícil de engolir ninguém discorda.

E o ex-deputado que dirige bêbado, tão bêbado que assume não se lembrar de nada desde que saiu do bar e... e... e... e... e... NADA!!!!!!!!!! Até agora, as mães dos rapazes "assassinados" pelo tal de Carli precisam conviver com a perda irreparável e com o possibilidade de a Justiça não ouvir seus gritos de dor!

Devo mesmo ser muito ignorante desse universo todo. As brechas e as letrinhas miúdas dos códigos e afins  me irritam! Por exemplo: alguém mata, espera tranquilamente expirar o tempo do flagrante, vai até a delegacia, confessa o crime e a polícia não pode fazer nada? 

Vou usar um bordão desgastado, para o qual, aliás, dediquei um texto inteiro no "começo" deste blog: NINGUÉM MERECE!!!!!!!!!

2 comentários:

  1. Toda lei é uma afirmação de algo que deve ser aplicado em uma situação específica. Quando a sociedade evolui e os parâmetros éticos e culturais também, tal lei deve ser reavaliada para que seja aplicada conforme os atuais conceitos morais (Um exemplo bem arcaico: Não se deve cortar a mão de um ladrão, Não se deve apedrejar pessoas que cometem adultério... etc). Porém, e infelizmente, a mudança de uma lei não implica na extinção ou anulação completa de seu conceito inicial. Mas sim em uma "errata", uma “sub-afirmação” que contradiz a lei principal, diferenciando o modo de aplicá-la ao nosso tempo histórico atual. No entanto nosso código penal é tão antigo que existem dezenas de correções em seus vários conceitos e aplicabilidades. Nas mãos ávidas da ganância, hipocrisia e corrupção tudo é permitido. Afinal, existem brechas na lei, interpretações variadas da mesma aplicação. Isso faz com que a justiça seja cega e não imparcial como deveria ser. E infelizmente quem paga mais chora pouco. Enquanto nosso código penal não for queimado e escrito novamente a justiça penderá para aqueles que podem mais.

    O que é engraçado é que as leis foram criadas, se não me engano na Grécia antiga, para que os indivíduos fossem julgados justamente e não houvesse a tal justiça feita com as próprias mãos. Hoje a aplicação das leis causa tanta revolta, um sentimento de insegurança e injustiça que não duvido que voltemos a idade das trevas. E quando vejo “neguinho” sendo linchado por pedofilia, não me choca o fato das pessoas não se sensibilizarem com a violência.

    Aliás, um filme bacana professora sobre um pai que faz justiça com as próprias mãos. Na verdade o filme coloca o telespectador em duas reflexões sobre a mesma idéia: se é correto ou não. É um filme francês chamado “Les 7 Jours du Talion”, ele foi lançado no Brasil com o título “7 Dias”.


    Ótimo artigo!
    =D

    Márcio Domenes

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  2. Depois deste comentário, fiquei sem palavras!

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