Quem sou eu

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Meus queridos, a postagem abaixo foi a última neste endereço. A partir de agora, meu blog (textos novos e antigos) estará no site do jornal O Diário. Acesse: odiario.com/blogs/luoliveira. Espero contar com vocês todos que já "passaram" por aqui! Beijo grande!!! LU - 08/09/10

sábado, 4 de setembro de 2010

Quando as imagens falam (quase) tudo...

Quem acompanha meu blog sabe que meus textos geralmente não são curtos. Minha paixão pelas palavras me impede de ser sucinta. Desta vez, entretanto, vou deixar as imagens falarem e espero que os comentários complementem a discussão. 

Acabei de recebê-las por e-mail, de um primo muito querido, lá de Joinville. Talvez muitos de vocês já as conheçam; eu ainda não tinha visto. 

Confesso que me impressionaram e, mesmo não estando neste "nível", é sempre bom refletir. Afinal, máquinas, por mais incríveis que possam ser, não podem dominar o ser humano. Elas são as criaturas; nós, os criadores.


Aqui jaz um 386
Será que este bebê foi concebido via internet???


Estas sim são marcas de dependência!!!

Família "reunida", mas não "unida"

Deve estar pedindo papel higiênico por e-mail
"Eu não quero ir pro Hawai sem ele!!!!!!!"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Toda nudez será premiada

Este é o verdadeiro "nu artístico". O resto é conversa!
Não pense que errei no título acima. A peça "Toda nudez será castigada", de Nelson Rodrigues, foi apenas uma inspiração para o que vou desabafar agora.

Como sou uma lady para escrever, uma dama das palavras, procurarei ser o mais elegante possível. Se bem que será tão difícil encontrar adjetivos para qualificar as mulheres que serão alvo de minhas críticas... Mas vou tentar.

Acabei de ler por "aqui" que aquela... aquela... aquela... filha de Deus chamada Larissa não sei das quantas está estampando as páginas da Playboy deste mês. Lembra-se dela? Claro que não. Lembra-se de um par de peitos , com um celular no meio deles, que fez mais sucesso que a seleção brasileira durante a Copa? Ah, agora lembrou, né?

Como escrevi acima, essa senhorita é tão filha de Deus quanto eu, mas fico louca quando vejo essa mulherada ficar na crista da onda e com a conta bancária bufando só por mostrar a... a... a...deixa pra lá.

Alguns dirão: "Invejosa..."; outros comentarão: "Quanta caretice...". Mas o fato é que às vezes fico até envergonhada de fazer parte desta "espécie" chamada mulher.

Uma outra abençoada vai com um vestido curto pra faculdade, um escândalo (armado, ninguém me convence do contrário) acontece e ... pronto! Vira rainha de bateria, cria grife e ouvi dizer que vai até escrever até um livro (isso é uma ofensa pra mim!!!!). Imagino que o título deva ser: "Como ser uma safada em 10 lições".  

E aquela que abandonou a família, tornou-se uma prostituta por pura opção, destruiu famílias (sim, porque é isso que esses encontros podem acabar causando) e ainda escreveu livro e virou filme. Ninguém merece!!!!!!!!!!

Palmas então pra todas essas ... essas... essas... deixa pra lá! 

Elas se sacrificaram muito, coitadas. Estudaram bastante, esforçaram-se. Merecem mesmo bastante reconhecimento e dinheiro. 

Para aqueles que insistem no argumento cretino do "nu artístico": por que não tiram fotos da namorada, da mãe e da irmã peladas e põem na sala de casa? "Nu artístico", queridos. Tudo bem.

E, só para concluir: será que quando os homens levam a revista para  o banheiro eles realmente olham o "nu artístico"? Melhor parar por aqui. Em nome da minha elegância textual e em respeito ao menores de idade que podem acessar este blog.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Malditas bandeiras


Alguém nos salve da praga das bandeiras!!!
Toda vez que exponho o que vai pelo meu coração corro o risco de ser mal interpretada. Mas preciso fazer isso. Agora, por exemplo, vou escrever sobre "bandeiras". Mas não aquelas com as quais você enfeitou a sua casa neste ano, sonhando com o "hexa". Também não são aquelas bandeirinhas típicas das  festas juninas, que são guardadas anos a fio nas escolas em uma caixa de papelão. 

As bandeiras que ultimamente me incomodam são aquelas agitadas freneticamente pelas ruas, praças e avenidas da nossa cidade. É, mais uma vez, a praga do período eleitoral mexendo com nosso cotidiano. Sei que todos aqueles homens e mulheres, das mais variadas idades e "tipos", naturalmente devem estar mesmo precisando de dinheiro para se submeterem a isso. Não posso julgá-los, muito menos menosprezar o trabalho deles. 

Mas é óbvio que somente a força da necessidade faz alguém ficar, sabe-se lá quantas horas, embaixo deste sol escaldante dos últimos dias, agitando aquelas bandeiras ridículas. 

Queria muito que algum especialista em marketing político me explicasse qual a utilidade disso. Acaso irei votar no candidato X ou Y somente por que vejo todo santo dia aquelas malditas bandeiras?  Para mim, pelo menos, o efeito é reverso. É mais um critério de eliminação. 

Fico com compaixão das pessoas mais velhas, aparentemente tão cansadas. Algumas olham pro horizonte, agitando aquele "adereço" num gesto mecânico. Minha alma de cronista não perdoa: se o sinal está aberto, meus pensamentos não vão tão longe. Mas se paro por alguns segundos, é inevitável imaginar em que pensam aqueles senhores e senhoras. 

Talvez pensem apenas no quanto esse dinheiro os ajudará: quitar uma dívida, comprar uma TV, sei lá. Quem sabe reflitam sobre o porquê de precisarem, a esta altura da vida, fazerem um sacrifício dessa natureza por dinheiro.

Há também jovens. Meninas bonitas, que parecem até se produzirem para cumprirem sua função. Algumas balançam os cabelos, junto com as bandeiras. Vestem calças justas, usam óculos escuros. Quem sabe algum "olheiro" possa descobrir um novo talento das passarelas? Quem sabe um príncipe passe por ali e se encante com a "gata borralheira" , quem sabe...

Acho até que, dependendo do candidato, talvez quem pague por esse circo todo seja eu mesma. É investimento demais só para uma pessoa. E se eu pago, quem está ali, agitando aquela coisa, também pagou. Pagou antes pra receber depois. Feliz da vida.

Ninguém merece! - Parte II

"Ninguém merece!!!!!!!!!!!!!!!!!!"
Já postei aqui um texto com esse título. Não, não é falta de criatividade. É que, muitas vezes, esse bordão desgastadíssimo, cuja origem nem me lembro, é o que melhor define nossos sentimentos. E a primeira postagem não deu conta de contemplar as inúmeras situações em que podemos usá-lo (pensando, falando, gritando...).

Ninguém merece parar no semáforo, olhar para o lado e ver o colega motorista fazendo uma limpeza em suas narinas (dá-lhe eufemismo!); ninguém merece flanelinha achando ser o dono da rua e fazendo cara feia quando recebe menos de 1 real  (esse tema merecerá depois um texto inteiro...); ninguém merece pessoa que conta piada e ri convulsivamente, mesmo quando ninguém da "plateia" mexe um só músculo da face.

Por falar em piadas, há algumas tão antigas quanto cretinas. Ninguém merece, por exemplo, colocar o pavê sobre a mesa e ouvir imediatamente: "É "pavê" ou pra "comê"?; ninguém merece pedir para alguém se sentar e escutar: "Vou ficar de pé pra crescer mais!"; ninguém merece a frase "Vou me casar em agosto. A gosto de Deus!". Santa falta de criatividade!!!

Ninguém merece também empresas que completam aniversário e fazem propagandas muitíssimo originais com os dizeres "Nós fazemos aniversário, mas quem ganha o presente é você!"; ninguém merece vizinha que aparece quando você está varrendo a calçada e se esquece de ir embora; por falar em vizinhança, ninguém merece vizinho que insiste em concluir que seu gosto musical é o mesmo do bairro inteiro!!!!

E no salão de beleza? Tudo bem que ali não é uma biblioteca, uma sala de aula, nem a Academia Brasileira de Letras ou algo parecido, mas sempre torço para os secadores serem ligados todos ao mesmo tempo, a pleno vapor, só para eu não precisar ouvir certas barbaridades. Ninguém merece!!!

Os ambientes escolares também são poços preciosos de situações para usar essa frase. Ninguém merece aluno perguntando quantas páginas tem o livro que você indicou, se a atividade vale nota ou "que dia é hoje?" quando a data já está no quadro há pelo menos 10 minutos. E as meninas que deviam usar manequim 44 e insistem em vestir uniformes tamanho 36? E os professores que não têm a capacidade de jogar o copinho de café no lixo, acreditando que eles levitarão até o cesto? E os pais que resolvem assumir sua função somente no dia da entrega de boletins? E os colegas que fingem ser amigos e puxam seu tapete na primeira oportunidade? Socorro!!!!!!!!

Bem, como pretendo fazer um "Ninguém merece - Parte III", vou me conter e ficar por aqui. Embora, se eu me der a este trabalho, possa ir até a parte X sem problemas. 

Se você estiver lendo este texto e quiser sugerir novas situações, agradeço. Se quiser apenas pensar nelas, tudo bem. Mas ninguém merece pessoas que leem um blog e não comentam!!!!!!!!! (brincadeirinha...)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Órfãos de pais vivos

Pais não criam; educam!!!
A morte de uma mãe ou de um pai, ou até pior, dos dois, desestrutura a vida de uma criança, mesmo que  haja pessoas que a amem e que cuidem dela por perto.

Mas também tenho compaixão dos "órfãos de pais vivos". São crianças, adolescentes e jovens que, infelizmente, têm  pais de corpo presente e coração ausente. 

Vou relatar aqui uma cena que me chamou a atenção ontem, quando dourava meu corpinho branco e flácido no clube que frequento aos finais de semana. Uma menininha, de uns 4 anos no máximo, pegou uma boneca (Barbie, só para saber) e um boia (agora sem acento, viu?) que não eram suas para brincar na piscina. A "dona" dos pertences (uma outra garotinha de uns 6 anos) e sua mãe tinham se afastado um pouco daquele lugar.

Percebi que a criança havia se "apropriado" de algo que não era seu, mas até aí fiquei na minha. Alguém do sexo feminino, com 4 anos, não vai resistir a uma Barbie dando mole. 

O pior foi perceber que, na piscina, havia uma adolescente, de pelo menos 13 anos, e que, mesmo constatando que a irmã havia feito aquilo, não tomou nenhuma atitude. Aliás, minto. Tomou sim: levou a boneca até o armário do vestiário e guardou lá o "produto do roubo".

Toda essa movimentação foi acompanhada por mim, que já estava incomodada com aquilo. Quando a verdadeira "proprietária" da Barbie e sua mãe voltaram, narrei o que acontecera. A menina abriu a boca a chorar (com razão, coitadinha!!!). A mãe então foi pedir para a garotinha, que estava na piscina com a boia alheia, que devolvesse os objetos. Qual foi sua surpresa com a resposta: "Não! Ela já "tá" guardada"!

Só para resumir: a mulher precisou ir atrás da irmã mais velha que, vergonhosamente, veio abrir o armário e devolver a boneca. A pequena, inclusive, soltou a seguinte frase: "Mas foi você que disse para guardar!".

O que essa história toda tem a ver com a minha tese? Bem, em nenhum momento apareceu um adulto sequer que se mostrasse responsável - ou irresponsável - pelas duas meninas aprendizes de ladra.

Aliás, o que mais vi naquele lugar foram crianças sem adultos que lhes vigiassem. Sim, pois crianças precisam ser cuidadas. Meninos subindo pelo tobogã por onde deviam descer, por exemplo. Não seria o caso de um pai, mãe ou sei lá mais quem perceber que aquilo, além de não ser correto, é perigoso?

Por isso tenho compaixão dos órfãos de pais vivos. Filhos que são criados, mas não educados. Recebem comida, bebida, remédios, roupas, brinquedos etc. Mas padecem daquilo que é tão importante na formação de uma criança: a presença de adultos que amem, cuidem e deem exemplos bons. 


domingo, 29 de agosto de 2010

Eles não saem da minha cabeça

Que coceira!!!
Calma! Não vá associar o título à imagem acima e concluir que sou uma piolhenta! Na verdade, já fui. Talvez uma das pessoas que mais carregou este bicho asqueroso na cabeça. Mas isso faz parte do passado. E não sai da minha memória.

Entretanto, como já escrevi em outra postagem, lembrar a minha história é  algo que faço com prazer, embora, é claro, o episódio dos piolhos não esteja entre os que marcaram positivamente minha trajetória nesta vida terrena.

É importante que você saiba: minha mãe é e sempre foi uma mulher muito zelosa pelas filhas. Mas, talvez devido  à minha cabeleira intensa, por mais que ela cuidasse esta praga tomou conta de mim, ou melhor, da minha cabeça. Minhas irmãs também passaram por isso, mas o que importa agora é relatar o meu drama pessoal.

Logo que entrei na escola eles fincaram uma bandeira no meu couro cabeludo, possivelmente com os dizeres: "Aqui é a nossa casa!". Longe de mim julgar que os meus amiguinhos de colégio foram os responsáveis por isso,  mas a verdade é eles "surgiram" depois que comecei meu processo de alfabetização.

Sobre esse assunto eu poderia fazer inúmeras postagens, mas não é um tema muito agradável; é nojento mesmo. Então, tentarei ser breve.

1980. Eu, uma doce criança, perto dos 7 anos. Cabelos compridos, bem cuidados, lindos. E de repente: uma  das piores cenas da vida de minha mãe: a descoberta da primeira lêndea! E se onde há fumaça, há fogo, onde há lêndea, há piolho! Aliás, piolho não, piolhos! Dezenas deles.

Começou então uma batalha quase pessoal entre minha mãe e eles. Imagine todo tipo de tratamento possível. Mas não remédios da farmácia. Ou manipulados. Veneno mesmo. Fumo e coisas do gênero. No 2º ano do primário, meus cabelos já estavam cortados na altura do pescoço.

A pior recordação deste período piolhento da minha vida é o "dia do veneno". Quem nunca passou por isso não vai entender. Estávamos nós, devidamente enfileirados, estudando (naquele tempo era muito comum os alunos estudarem...), quando chegava alguém da escola dizendo: "Hoje teremos revista de piolho". Não. Não era um revista com um piolho na capa. Era o dia em que alguém, sem o mínimo respeito por nós, indefesas crianças, mexia em nossos cabelos, fuçando por entre os fios à procura daqueles seres (minha cabeça está até coçando agora, só de lembrar...).

E é claro que eu sempre fiz parte da "fila do veneno". Uma humilhação sem tamanho. Uma senhora, com cara de poucos amigos, ficava ali, cumprindo o seu papel de "algoz". Cada um de nós, pobres piolhentos, tinha sua cabeça revestida por um líquido nojento, fedido, mas que na visão daquelas autoridades iria resolver o nosso problema.

Com aquela coisa nos cabelos não havia condições de continuarmos estudando. Éramos "dispensados" antes do término das aulas. E lá ia eu, com a minha maletinha marrom nas mãos,  cabelos molhados, cheirando a veneno, pelas ruas do meu bairro, morrendo de vergonha.    

Pode? Meu Deus! E não havia um só pai ou mãe que tomasse alguma satisfação. Para a família, era um direito  da escola fazer aquilo.

Bem, isso durou até 1985. Não me pergunte como consegui me ver livre deles; não sei responder. Talvez  tenham cansado de morar no meu couro cabeludo.

Ainda bem que, apesar de todo o sangue que tiraram de mim, consegui sobreviver. Sobreviver para contar essa história repugnante.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Motorista: um ser "assexuado"

Resposta: NÃO!!!!!!!!!!!!
Preciso lavar a honra de uma amiga muito especial, embora não seja com sangue. Manterei sua identidade em segredo, mas ela lerá este texto e se sentirá vingada. 

Essa colega me confidenciou que hoje, quando estava parada em uma semáforo, um homem, por sinal horroroso em sua descrição, fez a seguinte piada sem graça: "Moça, estou precisando de uma barbeira; poderia me ajudar?".

Mas que cretino!!! Quer dizer que, além de feio, o canalha é mal-educado?! 

Para mim, motorista é um ser "assexuado". Não tem essa de mulher ao volante (não me venha com aquela outra piadinha idiota de "perigo constante"...) causar mais infrações e acidentes. Também não concordo com a tese de que mulheres são mais cuidadosas no trânsito.

Maringá, por exemplo, reuniu em suas ruas e avenidas uma imensidão de motoristas "ruins de serviço" e o sexo deles não interfere nesse "fenômeno". Eu, por exemplo, não gostaria de partir desta para melhor sem antes entender por que portadores de carteira de habilitação não acionam a seta. Será que essa abençoada se tornou um item opcional nos carros? 

Por uma grande coincidência, hoje também fui alvo de um homem ao volante. Mas no meu caso não foi um agressão verbal. Ele conseguiu dar marcha a ré até encostar no meu carro, apesar de minhas insistentes buzinadas. Depois do "bum!", cheguei a descer para ver se tinha amassado muito, mas o digníssimo acelerou antes mesmo que eu pudesse falar alguma coisa (acho que ficou com medo de mim...) Cheguei a anotar a placa, mas como o estrago foi pequeno e se tratava de um Passat mais velho que eu, resolvi deixar para lá.

Educada e elegante que sou, não iria gritar pro homem voltar. Portanto, a conclusão que chego é a seguinte: ser bom motorista ou ser uma pessoa educada não é uma questão de ser homem ou mulher; é uma questão de berço. Mas não berço feito de madeira de quinta categoria, que quebra logo. Berço bom mesmo, que dura para vida toda.

Está mais aliviada, amiga?! Espero ter contribuído para sua noite de sono; ninguém merece sonhar (ou ter pesadelos...) com um homem feio e que conta piada sem graça no trânsito.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lembranças de um tempo bom...

Sonhos de creme: lembranças doces (literalmente!) da minha infância
Há uma comunidade no Orkut cujo título é "Quem gosta de passado é museu". Minha mãe também usa essa frase quando meu pai começa a contar suas histórias da "carochinha". Nesse aspecto - e em alguns outros - creio ter "puxado" pra ele. 

Sou absurdamente nostálgica. Além de ser saudosista, tenho uma memória prodigiosa para datas. Lembro-me de situações com riqueza de detalhes. Nomes e lugares. Cheiros, gostos, sons, imagens. Todas as lembranças despertam em mim uma infinidade de sensações e sentimentos.

Já chorei muito ao volante ouvindo músicas antigas. Choro mesmo, de verter lágrimas. Quando acontece isso e paro em algum semáforo, o motorista ao lado deve achar sou louca; se tivesse oportunidade de me conhecer, teria certeza.

O fato é que, de vez em quando, postarei por aqui lembranças da minha história, principalmente as vividas na infância e adolescência, que foram períodos inesquecíveis!!! Alguém pode perguntar: "o que faz esta mulher acreditar que teremos interesse em saber dessas coisas?". Bem, talvez o relato em particular não tenha a ver com alguém, mas o que ele simboliza pode também despertar a mesma saudade que sinto.

Hoje quero me recordar dos meus primeiros anos de escola. Estudei de 1980 a 1985 no Colégio Estadual Duque de Caxias, aqui em Maringá. Naquela época, o uniforme das meninas era uma saia azul-marinho de pregas (estilo a novelinha mexicana "Rebelde"), uma camisa branca com botões e um bolso em que havia o emblema do colégio, meias brancas até o joelho e sapato preto (bem feminino, viu?). Uma graça!!!

E a primeira bolsa? Uma maletinha marrom, comprada com sacrifício pelos meus pais. Os materiais eram doados pelo governo. Na hora do recreio, comia sempre a merenda; uma delícia (detalhe: fiz isso até os 17 anos!). Cada aluno levava seu prato e sua colher. Consigo me lembrar  perfeitamente do gosto de cada refeição: polenta com carne moída, sopa de legumes, hum... Nunca apreciei os pratos doces, como arroz doce (só o da minha mãe é divino!!!) e canjica.

De vez em quando, não sei bem qual era o critério, mas minha mãe me dava um dinheirinho. Ah, que alegria! Sabem qual era o motivo da felicidade? Um sonho recheado de creme! Jesus! Tenho vontade de chorar só de imaginar minha carinha, com 7 ou 8 anos, olhando com um desejo absurdo para aquele sonho. Agora, 30 anos depois, posso comprar quantos eu quiser e não posso comer por causa da balança! Que nervo!!!

Não queria voltar ao passado, a não ser como "visita", caso existisse a famosa máquina do tempo. No meu presente estão meu marido e meus filhos e não me imagino sem eles. Mas amo abrir meu baú de recordações e farei isso mais vezes. Ele não tem cheiro de mofo, como alguns podem pensar. Ele tem cheiro de lembranças; ele guarda retratos de um tempo bom. E nada nem ninguém jamais tirarão isso de mim.

Até a próxima sessão "túnel do tempo"!!!